A administração municipal manteve contato com universidades de aviação da Inglaterra e dos Estados Unidos, e também com universidades brasileiras como USP, Unesp, ITA e PUC do Rio Grande do Sul, que oferece o curso de Ciências Aeronáuticas, a fim de firmar parcerias para a elaboração dos cursos que serão ofertados na cidade.
De acordo com Fabbri, a criação de uma faculdade de aviação civil em Guarulhos é parte do projeto de governo do prefeito Elói Pietá, mas é possível que até o final deste mandato não haja a construção da faculdade. A idéia é utilizar o espaço de uma entidade, por exemplo, para que as aulas sejam ministradas. A Agência de Desenvolvimento de Guarulhos (Agende) foi citada pelo coordenador do grupo como um provável local para as aulas, que podem começar no próximo ano.
“Questões como segurança, gestão e logística na aviação são pontos fortes para serem estudados. Poderá haver cursos de formação de tecnólogos e também de MBA, todos gratuitos e com ênfase em vários assuntos, para que possam atender às necessidades de empresas de aviação e da própria Infraero. Isto é, para servir de especialização profissional, para que não seja necessário contratar pessoas de fora”, defende Fabbri.
Vagas
O número de pessoas atendidas pela faculdade pública de aviação ainda não faz parte da projeção feita pelo grupo, do qual participam o secretário de Economia e Planejamento, Roberto Moreno; a secretária-adjunta de Educação, Eloísa de Faria; a secretária-adjunta de Economia e Planejamento, Eulália Portela; e o Diretor Geral da Agência de Desenvolvimento de Guarulhos (Agende).
Por ser uma faculdade pública, qualquer pessoa, independente de cidade e estado, pode se candidatar a uma das vagas, e o critério de seleção será o mesmo das demais faculdades – aprovação no vestibular. No entanto, Fabbri ressalta que uma alternativa que pode ser aplicada pelo município para garantir que moradores de Guarulhos tenham acesso aos cursos é o estabelecimento de cotas, que também podem ser reservadas para estudantes vindos de escolas públicas. “É uma iniciativa que deu certo em Brasília e que o Ministro da Educação pensa em expandir. O intuito é que os estudantes de famílias pobres consigam equiparar-se aos que tiveram a oportunidade de estudar em escolas particulares na hora de concorrer às vagas”, alega o coordenador do grupo de trabalho.
Na hipótese de haver a construção do campus, o local utilizado será próximo ao aeroporto, em um terreno cedido pela Infraero, mas a probabilidade é de que realmente não haja a construção até 2004, já que, segundo Fabbri, este é um projeto para ser desenvolvido a médio prazo.
