As micro e pequenas empresas podem ser a porta de entrada da inclusão digital para boa parte da população brasileira. A aposta vem dos participantes do Seminário de Inclusão Digital da Micro, Pequena e Média Empresa, organizado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, na sexta-feira (29/08), em São Paulo.
Hoje, existem cerca de 4 milhões de micro e pequenas empresas no país. Destas, 1,1 milhão estão no Estado de São Paulo. Segundo Marco Aurélio Bedê, assessor de Pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), recente levantamento do instituto mostra que, nos últimos cinco anos, o número de pequenas empresas com computador aumentou 50%.
Mesmo com esse aumento, apenas 47% das empresas contam com computadores em suas instalações atualmente. A pesquisa, entretanto, também mostra que o acesso à internet atinge 54% do total das micro e pequenas empresas. A explicação é o chamado “acesso alternativo', feito em casas de amigos e parentes, por exemplo.
O primeiro passo para generalizar a inclusão digital, afirma Bedê, é ampliar o acesso dessas empresas à informatização. Entre as barreiras, ainda estão a falta de conhecimento e o custo de equipamentos e software. Para ele, a solução passa pela difusão de informações, incluindo a alternativa de provimento gratuito. O financiamento e o uso compartilhado em associações também são caminhos viáveis.
O diretor de Negócios do iG, Humberto de Mendonça Campos, lembra que o faturamento de diversas microempresas é de 1,5 mil reais. “O preço de um provedor pago pode chegar a 30 reais. Isso significa 2% do faturamento só com acesso à internet', afirma.
