O grupo, formado por lideranças de diferentes segmentos da cidade, foi reunido um mês após a tragédia com o vôo 3054 da TAM, no Aeroporto de Congonhas, na Capital. A primeira ação do Cansei de Guarulhos aconteceu em São Paulo, em frente ao local do acidente, onde os integrantes cobraram uma solução para o impasse da terceira pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Depois de um ano, os fundadores avaliam como positiva a ação.
O grupo aprofundou as discussões sobre transporte público, educação, trânsito, limpeza de vias públicas e praças da cidade. O Cansei de Guarulhos também é autor de projeto que tramita na Câmara Municipal com o objetivo de mudar o regimento interno e regulamentar audiências públicas do legislativo.
Hoje, o Cansei de Guarulhos é organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Comercial e Empresarial (ACE), Associação dos Empresários de Cumbica (Asec), Guarulhos Convention Bureau, Viva Guarulhos e Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Guarulhos (Asseag). O objetivo é a vigilância e a cobrança das autoridades em relação aos temas importantes para a população.
Para Airton Trevisan, presidente da OAB local, o primeiro ano de atividades do Cansei foi “extremamente positivo”, inclusive pelo fato de conseguir junto a Prefeitura, a limpeza das praças. Foram disponibilizados 300 bolsistas de um programa de qualificação de mão de obra para a manutenção desses locais. “Eles recebem uma bolsa auxílio, tem aulas práticas, e são alfabetizados quando necessário.”
Uma pesquisa sobre a qualidade do ensino público, ainda em fase de elaboração, também faz parte das ações do movimento e mostrará o sentimento das pessoas em relação a educação no município por diferentes óticas. “A pesquisa está sendo feita com alunos, pais, professores e diretores, para saber o que pode ser mudado no ensino”, explica Trevisan.
Segundo Wilson Lourenço, presidente da ACE, uma das principais conquistas da entidade foi a solução para a questão da terceira pista em Guarulhos, pois a falta de respostas prejudicou a população que vive no entorno do aeroporto, além de causar um atraso naquela região.
Hugo Mesquita, vice-presidente da Viva Guarulhos, define como grande feito do Movimento o pedido de abertura de inquérito contra a Prefeitura junto ao Ministério Público, para evitar que cidadãos continuassem sendo ameaçados com protestos e negativação de nomes devido a débitos com o órgão público. “Fatos concretos demonstram a credibilidade do movimento e das entidades envolvidas nele”, informou.