Um mês depois da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados nos carros não populares, representantes de uma parte da indústria ainda não deixaram os gabinetes de Brasília. A expectativa agora é pela unificação do IPI, idéia que já ganhou o apoio público do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Estudo do Departamento de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) mostra que isso poderá acarretar perda de vendas, arrecadação e empregos.
O presidente da General Motors, Walter Wieland recentemente disse que, apesar das vantagens da redução do impostos para os carros médios, ele é favorável à criação de uma alíquota única para todos os carros fabricados no país.
“O ideal seria um IPI único, mas ainda estamos digerindo a redução do imposto nos modelos com motores acima de 1.0 litro”, disse também o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ricardo Carvalho, poucos dias depois das mudanças no imposto.
No último dia 9, Everardo Maciel, defendeu publicamente a implantação de uma alíquota única sob o argumento que o sistema atual, com três alíquotas, “estimula a produção de carros com motor 1.0, que não são facilmente exportados”. “A estrutura do IPI pune o avanço tecnológico. A idéia era ter uma alíquota única, mas isso envolveria muitas turbulências oncorrenciais ” , afirmou Maciel.