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Ministro promete redução dos juros e do compulsório

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse em entrevista, que os juros cairão ainda mais e que o compulsório sobre os depósitos bancários (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central) também será reduzido.

Dirceu disse ainda que daqui a três meses, os bancos não terão desculpas para não baixar a taxa de juros para o consumidor final. Segundo ele, o governo já está dando as bases para que essa redução ocorra. Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Santander Banespa já baixaram as taxas.

Entre as medidas já adotadas pelo governo no sentido de derrubar o juro para o crédito, Dirceu destacou a queda da Selic em 23 de julho, que caiu 1,5 ponto percentual, de 26% para 24,5% ao ano.

José Dirceu destacou ainda a importância da aprovação da nova Lei de Falências que, segundo ele, também vai contribuir para reduzir o juro final. “Com as medidas que estão sendo implantadas, os bancos não terão nem discurso e nem pretexto para não baixar o juro.”

O ministro chamou a atenção para os pleitos do sistema financeiro que sempre foram atendidos nos últimos anos. “Primeiro, eles quiseram capital externo, depois tarifas, depois o Proer, agora a Lei de Falências”, disse. “Como tudo está sendo antendido, eles terão que responder com queda do custo do crédito.”

Quando as taxas de juros começarem a cair com mais vigor e o governo conseguir reduzir o tamanho da dívida não haverá necessidade de fazer superávits primários do setor público da ordem de 4,25%, como espera o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.

A meta acordada com o Fundo Monetário Internacional para este ano foi alterada de 3,88% para 4,25% logo no início da gestão do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Dirceu disse que o governo está se esforçando no sentido de reduzir a dívida, começando pela parcela indexada ao dólar. “Vamos trazer a dívida cambial para a metade”, disse, acrescentando que quando o juro baixar, o recuo da dívida será ainda maior.

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