Segundo Costa, a prorrogação do acordo até junho será discutida com a indústria farmacêutica durante reuniões previstas com o governo, em janeiro. “Nessa mesa-redonda vamos tentar encontrar um consenso da melhor maneira de manter esses preços sob controle”, disse.
Na avaliação do futuro ministro, as empresas farmacêuticas têm condições de manter os preços sob controle, mesmo com a alta do dólar, porque são poucas e dominam o mercado. “Essas indústrias têm ampla condição de formar preços e, por isso, é importante que o Estado tenha uma presença para garantir que o preço dos remédios não continue pesando muito no orçamento familiar”, afirmou.
O futuro ministro observou, no entanto, que ainda não tem uma “visão” de como será feito o controle de preços de medicamentos no país. Para Costa é preciso que o setor tenha uma legislação específica para monitorar a evolução dos preços dos remédios. Em sua avaliação, o Ministério da Saúde também deve buscar a estabilização dos preços desses produtos por meio de uma ampliação da oferta de medicamentos feitos pelos laboratórios oficiais. Segundo Costa, a política de assistência farmacêutica será uma prioridade do Ministério da Saúde a partir de 2003. Ele disse ainda que pretende preservar os programas adotados para a área de Saúde pelo governo FHC.