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Micro e pequenas ganham auxílio para exportar mais

As micro, pequenas e médias empresas terão um novo incentivo para ampliar suas exportações. O Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) vai selecionar e capacitar profissionais de comércio exterior para representarem essa companhias no exterior. Os profissionais serão gerentes de consórcios de exportação, um projeto que une empresas do mesmo setor para expandir as vendas externas.

Esses profissionais ajudarão as empresas a adequar seus produtos aos padrões internacionais, estudarão os melhores mercados consumidores, negociarão com compradores externos e com importadores que visitarem o país.

Para tudo isso, além do domínio de línguas, habilidade para negociação e experiência em comércio exterior, o gerente terá que conhecer bem o setor do consórcio que liderar.

Segundo Glaucia Pettine, coordenadora de comércio internacional do Sebrae, as consorciadas enfrentam dificuldades para encontrar gerentes qualificados. “Ele precisa ser um negociador especializado em pequenas e médias empresas, que possuem características próprias, como a produção em menor escala e a pouca experiência internacionais”, diz.

A primeira reunião dos pré-candidatos ao curso aconteceu ontem, em São Paulo, e atraiu mais de 120 pessoas. Haverá uma triagem para selecionar os participantes do curso, que terá cerca de 20 horas. O lançamento está previsto para junho, quando serão abertas vagas para outros profissionais.

Internacionalização

A Agência de Promoção às Exportações (Apex) possui programas para promover a internacionalização das pequenas empresas. Entre eles estão o Projeto Setorial Integrado (PSI) e os consórcios de exportação. O primeiro tem como meta o desenvolvimento regional e da cadeia produtiva. “O PSI abrange todo o setor de calçados de uma região, por exemplo. O Sebrae e a Apex capacitam, certificam e treinam todas empresas da produção à venda final”, explica Pettine. “E isso contribui também para o mercado interno, pois sem qualidade e tecnologia a empresa corre o risco de fracassar não só no mercado interno, mas no mercado externo também”, disse.

Já os consórcios reúnem no mínimo 15 empresas e oferecem vantagens como a redução de custos de exportação, ampliação da escala de produção, acesso facilitado ao crédito e participação em missões comerciais e feiras internacionais. Segundo Maurício Borges, técnico da Apex, já existem 200 no País. Para participar, o empresário deve ligar para a entidade de classe do seu setor.

Se ainda não existir um consórcio no seu setor, a própria entidade setorial tem de procurar o Sebrae e a Apex para solicitar sua criação, que é juridicamente uma entidade sem fins lucrativos, coordenda pelo gerente contratado pelas consorciadas.

E mais: a Apex contribui com uma parcela dos recursos necessários para a manutenção dos consórcios. Em 2001, o órgão aplicou R$ 7,5 milhões no projeto, e em 2002 os investimentos já chegam a R$ 4,8 milhões.

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