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Mercados têm vendas inferiores ao projetado

O desempenho dos supermercados brasileiros foi positivo em 2010, mas ficou abaixo das expectativas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O aumento nas vendas acumuladas foi de 4,2% em relação a 2009. Entretanto, a previsão divulgada no final do ano passado pela entidade era de elevação entre 4,4% e 4,5%. Esse resultado é consequência das altas dos preços dos alimentos em setembro, o que contribuiu para a retração no consumo naquele período, informou a entidade ontem em sua sede na capital paulista.

Sussumu Honda, presidente da Abras, explicou que, apesar de ter se situado abaixo das estimativas o resultado foi positivo, pois indica que o segmento beneficiou-se da alta, já esperada, das vendas em dezembro do ano passado. A elevação real foi de 3,16% frente a igual período de 2009 e de 33,86% em relação ao mês anterior. Os percentuais estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Honda afirma que houve expansão nos preços de vários alimentos afetados por fatores sazonais a partir de setembro e eles influenciaram os números finais, que situaram-se abaixo das expectativas iniciais, de 9% no começo do ano passado. Quanto ao último mês de 2010, o aumento expressivo de 33,36% em comparação com novembro “já era esperado, afinal, dezembro contabiliza as vendas para as festas de final de ano. O destaque fica com o acumulado do ano, de 4,2%, que integra uma série de quatro anos consecutivos de resultados positivos”, disse Honda.

O presidente da Abras explicou que a retração no volume comercializado nos supermercados em 2010 foi consequência da decisão dos consumidores de reduzir os gastos, principalmente os da classe C. Na sua avaliação, essa parcela da população ainda é vulnerável à alta dos preços de alimentos in natura, que compromete seu orçamento.

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