Faltando uma semana da primeira reunião do Copom sob o comando do novo presidente do BC, Henrique Meirelles, o mercado ainda não chegou a um consenso sobre o que vai ser feito com a taxa básica de juros, que está em 25% anuais, segundo relatório divulgado pelo Lloyds TSB.
De acordo com o documento, não são poucas as justificativas para um aumento da taxa. Os que defendem o aumento entre meio e um ponto dizem que esse reajuste iria ajudar a reforçar a mensagem de comprometimento da autoridade monetária com o combate à inflação.
Essa ala também enumera a expectativa de alta da inflação mostrada pela pesquisa semanal do BC realizada junto ao mercado e a possibilidade de gerar um efeito de redução na inclinação da curva de juros de longo prazo, com a alta da taxa básica.
No entanto, existe outra parcela do mercado que acredita na estabilidade do juro. Entre outros tópicos, a ala que acredita na estabilidade do juro enumera que o dólar caiu 7,5% no ano até 14/01, reduzindo a principal fonte de pressão sobre os preços no curto prazo.
Essa parte do mercado também diz que, tanto Meirelles quanto Palocci, já anunciaram que a meta inflacionária será mantida, mas o período para que seja atingida será mais longo, diminuindo a exigência de maior agressividade na taxa básica de juros.
O Lloyds TSB acredita que o Copom irá optar pela manutenção dos 25%, sem viés. Com relação à queda, o banco diz que essa iniciativa pode reduzir a credibilidade da autoridade bancária, mesmo com o discurso do estímulo à produtividade e à redução dos encargos da dívida pública.