Depois da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de reduzir a taxa de juros Selic em 2,5 pontos percentuais, o mercado reviu as projeções e também reduziu a previsão para os juros ao final deste ano, de 19,80% para 19% ao ano. A estimativa consta de relatório divulgado pelo BC, resultado de pesquisa semanal feita com economistas e consultores de bancos.
No entanto, a queda na taxa de juros ainda não foi suficiente para melhorar as perspectivas de crescimento econômico. O mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, de 1,46% para 1,40%.
Para a inflação, as perspectivas são de melhora. De acordo com o documento, pela décima segunda vez seguida os analistas reduziram a estimativa de inflação para este ano. A projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) caiu de 9,74% para 9,63%. Para 2004, a previsão caiu de 6,50% para 6,20%.
A melhora nas expectativas para inflação também está refletida nas projeções para o IPCA nos próximos 12 meses, que passou de 6,47% para 6,30%. Para agosto, o mercado está prevendo uma inflação de 0,40% contra os 0,50% projetados na semana anterior. Já para setembro, a previsão subiu de 0,45% para 0,50%.
Com relação à taxa de câmbio, os analistas esperam que o dólar esteja cotado a R$ 3,15 ao final deste ano, contra os R$ 3,17 previstos anteriormente.
Para os investimentos estrangeiros diretos, foi mantida a previsão de ingressos de US$ 8,30 bilhões neste ano e, para a balança comercial, o saldo previsto é um superávit de US$ 18 bilhões.
Sandra Manfrini