O mercado financeiro alterou ligeiramente as previsões médias para os índices de inflação relativos a janeiro e também ao acumulado do ano. Em função da queda do dólar, diminuíram levemente as previsões para os IGPs (índices gerais de preço), que captam a influência da moeda americana sobre os preços no atacado. As estimativas para os IPCs (preços ao consumidor), porém, subiram.
Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo Banco Central na semana passada, a previsão média para a inflação medida pelo IPCA deste ano sobe de 11% para 11,23%. A expectativa dos analistas para o IPCA de janeiro passou de 1,57% da divulgação anterior para 1,78%. Esse índice baliza o regime de metas de inflação adotado pelo Banco Central (BC).
De acordo com a pesquisa semanal, feita pelo BC com cerca de cem instituições financeiras, as estimativas médias para 2003 são de inflação de 14,55% medida pelo IGP-DI, percentual praticamente igual ao apurado na semana retrasada (14,50%). Pelo IGP-M, a projeção caiu de 15,13% para 14,90% e, pelo IPC da Fipe, ficou estável em 10%.
A previsão média para a alta do IGP-DI de janeiro caiu de 2% para 1,90%. A do IGP-M foi de 2,30% para 2,55% e a estimativa para o avanço do IPC da Fipe passou de 1,25% para 1,55%.
PIB – O mercado financeiro elevou ligeiramente a previsão média para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2003, de 1,93% para 1,96% Para 2004, a estimativa média permaneceu em 3%. Segundo o último Focus, os analistas reduziram ligeiramente a estimativa média para o superávit da balança comercial neste ano, que passou de US$ 15,50 bilhões para US$ 15,30 bilhões.
Pela projeção média dos analistas, o déficit das contas correntes brasileiras em 2003 deve ficar em US$ 5,6 bilhões, abaixo da previsão da semana anterior (US$ 5,9 bilhões), e cair para US$ 5,25 bilhões em 2003.
A estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros em 2003 e 2004 permaneceu estável, em US$ 13 bilhões e US$ 15 bilhões, respectivamente.