A participação dos investidores pessoa física na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no mês de fevereiro encolheu. Até o último dia 19, a participação representava 27,6% de todo o volume financeiro registrado no mercado. Em janeiro, os aplicadores pessoa física lideraram a presença no volume de negócios com 29,4%, segundo a Bovespa.
Com o resultado parcial apurado em fevereiro, o mês de janeiro último continua se mantendo como o que maior número de investidores pessoa física apresentou desde o início do Plano Real.
Clubes de investimento – Vale ressaltar que, a partir de janeiro de 2004, a participação dos investidores pessoas físicas também incorpora a participação via clubes de investimento, que antes era somada à participação do segmento institucional, isto é, de empresas.
Os clubes de investimento têm se mostrado uma alternativa para os que querem entrar no mercado de capitais, mas não conhecem a fundo seu funcionamento. Por meio dos clubes, que podem ser formados a partir de amigos, parentes ou simplesmente funcionários de uma mesma empresa, o aplicador tem a oportunidade de participar dos pregões com as mesmas vantagens de quem entra sozinho no mercado. E a um custo muito menor na compra dos papéis.
A série histórica que mostra redução da participação em fevereiro, foi ajustada retroativamente à nova metodologia, confirmando a maior participação desse grupo desde o ano de 1994, segundo a Bolsa.
À frente – Assim, em fevereiro, a maior participação no volume financeiro da Bolsa passou a ser ocupada pelos investidores institucionais. A parcela estava em 29,1%, acima da participação de 28,3% do volume financeiro da Bolsa registrado em janeiro.
Até essa mesma data, a Bovespa movimentou um volume financeiro de R$ 20,267 bilhões. No mês anterior, o giro financeiro foi de R$ 28,679 bilhões. A média de operações diárias realizadas no mês de fevereiro, também até o dia 19, foi de R$ 1,447 bilhão, acima do patamar de janeiro que ficou em R$ 1,365 bilhão.
O número médio de negócios é de 58.953, também acima do total registrado durante todo o mês de janeiro, em um total de 56.440 negócios.
Estrangeiros – Neste mês, registra-se também um maior volume de recursos de investidores estrangeiros na Bolsa paulista. Até o último dia 17, o saldo de recursos estrangeiros estava em R$ 1,235 bilhão – diferença entre R$ 4,825 bilhões em compra de ações e R$ 3,590 bilhões em venda de papéis. No mês passado, o volume de recursos estrangeiros foi de R$ 323,5 milhões.