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Medidas se refletem nas falências e recuperações

Os empresários brasileiros começam a registrar os efeitos das medidas de contenção de consumo – pela restrição do crédito – do governo federal para frear os índices inflacionários.

De acordo com o economista da Boa Vista Serviços (BVS), Flávio Calife, as medidas de combate à inflação, com aumentos constantes na taxa básica de juros, restringiram a liquidez da economia nacional. Houve reflexo na inadimplência e aumentaram as exigências e os custos para a tomada de recursos pelas empresas.

No acumulado de janeiro a julho, os pedidos de falência tiveram alta de 1,2%, em comparação com igual período de 2010. As informações são da Boa Vista Serviços, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que publica este Diário do Comércio.

O levantamento mostra queda de 1,7% entre os meses de janeiro e julho no número de falências decretadas, em relação a igual período do ano passado.

“Os próximos meses vão refletir também a preocupação com os rumos da economia internacional. Isso vai trazer reflexos para o mercado interno, com crescimento menor”, detalhou Calife.

“A Boa Vista Serviços analisa que o cenário econômico deve continuar a causar impactos no número de protestos nos próximos meses”, disse o economista.

O total de falências cresceu em julho deste ano. Foi 28,6% maior que o verificado em igual mês de 2010. Se a comparação for feita com junho deste ano, o aumento é de 18%. O índice de falências decretadas deu um salto de 57,8% ante julho de 2010 e de 36,5% em relação a junho deste ano.

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