As linhas à importação são consideradas pelos bancos credores como de maior risco do que o crédito à exportação. “Os banqueiros internacionais ainda preferem as linhas à exportação, que são liquidáveis no exterior', explica Paulo Soares, diretor-sênior de tesouraria internacional do Itaú.
O crédito ao importador brasileiro começou a voltar depois da reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Milão, nos dias 23, 24 e 25 de março, observa Ciro Mello, responsável pela área de captações externas do BankBoston. Os números do Banco Central, que medem o estoque de linhas interbancárias até fevereiro, mostram uma queda constante desde janeiro de 2002. Nesse período de treze meses, a redução no estoque de linhas à importação foi de 44,55%.
Segundo Paolo Pellegrine, diretor do Itaú BBA, com o volume cada vez maior de crédito oferecido à exportação e a queda nos spreads, as linhas de curto prazo para o exportador brasileiro deixaram de ser as oportunidades mais interessantes de ganhos para os bancos. “A situação das linhas à importação ainda não está totalmente normalizada', diz. O custo das linhas à importação pode ser 0,25 ponto percentual maior do que o do crédito à exportação.