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M-commerce, Copa e Black Friday puxaram vendas pela internet em 2014

Nem a economia fraca nem o consumidor cauteloso impediram o avanço do e-commerce em 2014. Datas sazonais como a Copa e a Black Friday, assim como as vendas por dispositivos móveis (m-commerce) foram fortes responsáveis pelo crescimento do e-commerce em 2014.

Dados da E-bit (consultoria especializada em informações do comércio eletrônico) divulgados nesta segunda-feira (5/1) mostram que o setor movimentou R$ 35,8 bilhões em 2014, uma alta de 24% ante 2013. No total, foram mais de 51,5 milhões de consumidores únicos, sendo 10,2 milhões novos ao longo do ano, que fizeram 103,4 milhões de pedidos com tíquete médio de R$ 347.

Segundo Pedro Guasti, diretor executivo da E-bit, a copa ajudou a impulsionar a venda de eletroeletrônicos como televisores e artigos esportivos, e as liquidações que vieram depois tornaram o e-commerce ainda mais atrativo no ano passado.

“A temporada de Black Friday foi bastante interessante, com a semana toda (a chamada “Black Week”) aquecida por promoções, que levaram a um crescimento de 56% só na sexta, comparada a 2013, e de 35% nos cinco dias da ação (que inclui a Cyber Monday)”, afirma.

A despeito da perspectiva de crescimento menor da economia, em 2015, Guasti afirma que, em época de crise, o consumidor fica mais racional e seletivo – o que favorece o e-commerce. Por isso a projeção se mantém na casa dos dois dígitos. Só em razão disso as poderão crescer 20% neste ano, com um faturamento de R$ 43 bilhões.

Assim como observado na crise de 2008 nos EUA, o consumidor começa a reduzir consumo e lazer. Mas ao ficar em casa, usa a internet mais intensivamente, pesquisa, compra mais e  busca oportunidades de preço e parcelamento mais competitivos do e-commerce. Não há dados estatísticos ainda, mas há fortes indícios de que esse crescimento se deve a esse fator”.  

Para sair na frente, tablets e smartphones – Mas o grande diferencial e “puxador de vendas” foi o m-commerce, que pulou de 3,5% no início de 2014, para uma participação em torno de 10% em dezembro, afirma Guasti, com dados do último relatório semestral  do setor, o 30º Webshoppers. 

Segundo ele, a navegação via mobile é o novo modelo de negócio explorado pelas lojas virtuais para oferecer uma experiência de compra melhor e mais rápida para o consumidor. “Quem adaptou seu site dentro desse modelo, saiu na frente”. 

Essa participação próxima a 10% já é uma realidade, mas agora alinhada a outra tendência: a integração de canais, ou seja, a multicanalidade.  Hoje, segundo ele, grandes redes varejistas já operam fortemente no comércio online dessa forma.

Tanto  é possível comprar pelo site via mobile para retirar na loja, ou escolher o produto dentro de uma loja física mas, na falta do produto, comprar pelo site para receber em casa. “É quando a integração se completa – e uma forma de atrair cada vez mais novos entrantes para o e-commerce.”

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