Os parquímetros, equipamentos que emitem bilhetes de Zona Azul, manipulados pelos próprios motoristas, têm gerado confusão no Centro de Guarulhos, mas, em geral, são aprovados pelos motoristas. As máquinas, que começaram a ser instaladas no final de junho, já funcionam há nove dias. O Guarulhos Hoje foi ao Centro para conferir como os motoristas têm lidado com a novidade.
Equipamentos já estão funcionando
Nivaldo Costa, 42, funcionário público, informou ao GH que procurou orientação para estacionar seu carro na rua Luiz Faccini por meia hora. Ele não sabia que o equipamento só funciona com moedas. “Achei tudo muito confuso. O fato de não aceitar notas dificulta um pouco o uso”, afirmou Costa.
A bacharel em direito Ana Fanganiello, 23, revelou que esta foi a primeira vez que usou o parquímetro. Ela aprovou. “Só pelo fato de não ter que correr atrás das meninas da Zona Azul para comprar talão já é um alívio. Sem falar que muitas pessoas vendiam o talão por um preço muito maior na rua. Pelo menos não teremos mais esse problema”, explicou Fanganiello.
Mesmo com as dúvidas que ainda tem, Costa acredita que, com o passar do tempo, os motoristas se acostumarão com a novidade e não terão mais problemas com o uso do parquímetro. “É uma questão de costume. Não é difícil o manuseio da máquina, mas precisamos de orientação”, disse o motorista, que contou com a ajuda de uma funcionária da Zona Azul para emitir seu bilhete. Além da orientação verbal oferecida pelas agentes, também está sendo distribuído um informativo ensinando o motorista a utilizar o parquímetro.
Para uma das funcionárias da Zona Azul, que pediu para não ser identificada por não ter autorização para dar entrevistas, a instalação das máquinas trouxe melhorias tanto para motoristas quanto para as trabalhadoras. Entre as vantagens, ela cita o risco menor de assaltos, já que não precisam mais circular com o dinheiro das vendas dos talões. “A única desvantagem é que, por enquanto, o trabalho dobrou, já que temos que orientar os motoristas, que ainda não sabem usar bem as máquinas, ao mesmo tempo em que fiscalizamos os carros”, explica a funcionária.
Na fase inicial de funcionamento dos parquímetros, orientadores estarão à disposição para esclarecimento nas ruas onde o equipamento está instalado. Além disso, o talão tradicional ainda pode ser comprado em postos autorizados, até o dia 30 de outubro.
A funcionária informou também que não tem medo de demissão por parte da Prefeitura, porque, mesmo com a máquina, ainda há a necessidade de fiscalizar os motoristas que estacionam na área destinada à Zona Azul sem pagar por isso. “Continuamos trabalhando normalmente”, afirma.
A Secretaria de Transportes e Trânsito (STT), por intermédio da assessoria de imprensa, informou que todos os parquímetros instalados na cidade já estão funcionando, mas não soube informar quantos aparelhos devem estar funcionando até o final de setembro. Com relação ao risco de demissão das funcionárias da Zona Azul, a assessoria de imprensa da Proguaru informou que não haverá redução de agentes.
COMO FUNCIONA
O motorista deve estacionar seu carro, procurar o parquímetro mais próximo e colocar as moedas de acordo com o tempo que pretende permanecer no local. A máquina libera um tíquete que deve ser colocado na parte interna do pára-brisas do veículo, para que o agente de trânsito possa vê-lo. Para mais informações sobre o uso do parquímetro o telefone é 2087-3974, ou acesse o site www.mobilicidade.com.br. O estacionamento nas ruas do centro são permitidos por tempo mínimo de 30 minutos e máximo de duas horas.
PREÇOS
30 minutos – R$0,75
40 minutos – R$1,00
50 minutos – R$1,25
1 hora – R$1,50
1 h e 30m – R$2,00
2 horas – R$2,50