Lula pede mudanças nas leis trabalhistas
O governo federal lançou na terça-feira (29/07) o Fórum Nacional do Trabalho para atuar como interlocutor entre empresas e trabalhadores na criação de programas de geração de empregos e mudanças nas leis trabalhistas. Na abertura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os sindicatos não devem lutar apenas por aumentos salariais e voltou a defender reformas na legislação.
– Estou convencido de que o movimento sindical brasileiro tem que dar um salto de qualidade e extrapolar os limites do corporativismo. Quando o trabalhador sai da fábrica, ele é um cidadão e tem direito a outras coisas que o movimento sindical tem de assumir – afirmou o presidente.
Lula fez um apelo aos trabalhadores e empresários para que articulem, com o governo, uma reforma sindical e trabalhista “sem botar o ideológico na frente”. Segundo o presidente, “o tempo do sindicalismo apenas de contestação já passou” e “os empresários evoluíram no sentido de que é melhor fazer acordos com sindicatos fortes”. O ministro do Trabalho e Emprego, Jaques Wagner, negou ser contra alterações na lei, mas não quer que as mudanças tornem o mercado mais precário.
– Sou contra o processo de precarização e barateamento da mão-de-obra. Reconheço que é preciso atualizar a CLT, mas com foco na inclusão social – afirmou o ministro.
Lula também ressaltou que é preciso incluir na estrutura sindical as pessoas que estão no mercado informal de trabalho, aquelas que não têm carteira assinada, não pagam impostos e não contribuem para a Previdência Social.