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Leão também participa da festa

Guarulhos, 31 de julho de 2008

Os presentes do Dia dos Pais poderiam ser quase 80% mais baratos, não fossem os impostos incidentes sobre os produtos. De acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), essa cobrança recai tanto nos presentes mais simples como nos mais requintados. Quem comprar um perfume importado, por exemplo, para presentear o pai, estará pagando o mais alto dos impostos, e contribuirá com 78,43% do preço do presente para os cofres do governo. Se for um perfume nacional, o índice é um pouco menor, de 69,13%.

A contribuição, às vezes, é menor em produtos mais caros, como no caso de um computador de R$ 3 mil, cuja carga tributária é de 24,3%, comparado a produtos de valor bem mais baixo, como calça jeans e camisa (ambos com 34,67%) ou uma bicicleta (45,93%). Isso, porém, não ocorre com as motos (acima de 250 cilindradas), oneradas em 64,65%.

Os impostos embutidos no preço dos presentes são bem elevados nos itens mais procurados, entre os quais constam aparelho de barbear (40,78%), aparelho MP3 ou iPod (49,45%), CD (37,88%), cinto de couro (40,62%), DVD (44,20%), sapatos (36,17%), óculos de sol (44,18%) ou telefone celular (39,80%).

Nem mesmo o almoço para comemorar a data e o cartão do presente escapam da cobrança. Segundo o IBPT, levar o pai a um restaurante significa desembolsar 32,31% do valor gasto só em imposto, e 37,88% pelo cartão. “A alta carga tributária aumenta fortemente o preço final do produto, fazendo com que menos pessoas tenham acesso à compra, o que prejudica diretamente a economia do País”, argumenta o diretor técnico do IBPT, João Eloi Olenike.