Só que o custo para algumas empresas nesse tipo de empréstimo é ainda maior.
Para o economista Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo, o aumento das taxas nos bancos ainda está relacionado à elevação da taxa Selic em fevereiro. “O viés de alta também gerou no mercado a expectativa de que a taxa poderia voltar a subir. Como o mercado costuma se antecipar, o aumento que ainda nem aconteceu já está sendo repassado para a ponta”, diz.
Solimeo acredita que ainda é cedo para fazer previsões pessimistas sobre o crescimento do PIB este ano, apesar de achar que as empresas e consumidores deverão comprar e produzir menos este ano. “Ainda vai depender dos próximos meses. Se o Banco Central olhar mais para o cenário interno do que o externo e retomar a política de corte de juros é possível que tenhamos um ambiente melhor a partir do segundo semestre”, diz.
Aumento – Pesquisa mensal realizada pela reportagem do Diário do Comércio, constatou que os aumentos dos juros em março ocorreram principalmente nas taxas mínimas dos empréstimos.
Adriana Gavaça