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Inflação obriga brasileiro a gastar menos com comércio

Guarulhos, 16 de junho de 2003

arteO aumento da despesa dos trabalhadores com energia elétrica, telefonia, combustíveis e remédios, que duplicou desde 1994, passando de uma média mensal de 10,9% para 21,4%, é um dos motivos apontados para as expressivas quedas do faturamento do comércio divulgadas pelo IBGE nos últimos meses. Segundo a consultoria Global Invest, estes bens e serviços, que têm os preços administrados, estão com aumentos superiores ao da inflação ao consumidor.

Em abril, o volume de vendas do comércio caiu pelo quinto mês consecutivo. O recuo foi de 3,82% sobre o mesmo período no ano passado. No quadrimestre, o recuo é de 5,85%. “Quanto mais comprometido for o orçamento com bens e serviços essenciais, menos recursos estarão disponíveis para compras no comércio”, diz a consultoria. “Enquanto perdurar a política de juros altos e a indexação dos preços monitorados, pode-se esperar desempenhos cada vez piores”.

O levantamento levou em conta as variações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e as captadas no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ambos calculados pelo IBGE.

Nilson Brandão Junior