A inflação apresentou desaceleração em agosto, em comparação com o mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE mostrou alta de 0,22 % contra 0,62% em julho, e 0,25% no mesmo mês de 2014.
No entanto, o índice ainda está bastante alto. No período de janeiro a agosto, a inflação acumulada foi de 7,03%, maior valor observado para o mesmo período desde 2003.
O resultado em 12 meses alcançou a 9,53%, ligeiramente abaixo dos 9,56% de julho, mantendo-se, contudo, muito acima do limite máximo de tolerância da meta anual perseguida pelo Banco Central, que é de 6,50%.
“Não dá para se enganar com os números de agosto. Eles são apenas menos ruins do que os que conferimos desde que a crise econômica se instalou em nosso País”, apontou o presidente da ACE-Guarulhos, Jorge Taiar. “Com as patinadas políticas do atual governo, o Brasil mergulha cada vez mais fundo na crise”, completou.
No mês, a principal contribuição para a desaceleração do índice veio das passagens aéreas (-24,9%), além de alimentos, cujos preços se estabilizaram (-0,01%), refletindo os efeitos da queda do consumo, em decorrência da recessão vivida pelo país.
A perspectiva agora, com a perda do grau de investimento por parte da agência Standard & Poor´s, é de mais pressão sobre o câmbio, que se aproxima a R$ 4, o que, conjuntamente com reajustes adicionais dos preços administrados, deverá continuar acelerando a inflação, que poderá alcançar níveis não vistos há mais de 10 anos.