A Incubadora de Empresas de Guarulhos, instalada no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), na Vila Rio de Janeiro, oficializou a mudança para espaço três vezes maior, em Cumbica.
Nova sede da Incubadora
O crescimento no número de projetos é o motivo da mudança, que deve acontecer em outubro. O espaço atual é de 698 m2. O novo tem 1.870 m2. Com a estrutura ampliada, novos cursos serão implantados. Hoje, são 42 empresas incubadas. Com a mudança, a previsão é de aumentar este número para 70.
Com a mudança, a Incubadora guarulhense torna-se a segunda maior do País em número de projetos, atrás apenas do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), na Universidade de São Paulo (USP), que, atualmente, conta com mais de 120 projetos de novos negócios.
“Ainda vamos demorar um tempo para alcançar o Cietec, mas temos tudo para crescer muito em número de funcionários e faturamento nos próximos meses porque possuímos empresas de base tecnológica, o que agrega valor aos produtos”, previu Antonio Roberto Marchiori, presidente do Conselho Gestor da Incubadora.
De 186 postos de trabalho, o número deverá atingir a marca de 242. O faturamento médio, mensal, subirá de R$ 550 mil para R$ 805 mil. Com o incremento em novos negócios, a Incubadora de Guarulhos deverá ser a segunda maior também em faturamento.
Quanto à quantidade de projetos que já conseguiram resultados concretos, com lançamento de produtos no mercado, Incubadora guarulhense já superou a de São Paulo, pelo menos em números relativos, e já é maior do País. O Cietec na USP tem de 25% a 30% de empresas em atuação no mercado. Na Incubadora de Guarulhos, o percentual chega a 60%, com previsão de aumento.
Em Cumbica, serão disponibilizados 48 boxes, sendo 30 com 15 m² e 18 com 60 m². A utilização de cada um dependerá do tipo de produto com o qual a empresa trabalha, sua consolidação no mercado e sua necessidade de espaço físico. “O local ainda possui uma área de 1.870 m² na cobertura, que não será utilizada por enquanto, mas que também deverá servir para a instalação de empresas no futuro”, diz Nilson Cruz Júnior, gerente da Incubadora.
Nas atuais instalações, não há cobrança de aluguel. Contudo, em Cumbica, as mensalidades serão de R$ 8.000, bancadas pela Prefeitura. “O Cefet e a Incubadora vão precisar de ampliação, e nós queremos as duas coisas”, explicou o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Yutaka Kanbe.
O espaço em Cumbica precisa ser reformado e Cruz espera que esse processo já esteja terminado até a data em que as empresas começarão a trabalhar no local. Deste modo, a Incubadora espera obter parcerias com empresas para que esses trabalhos sejam finalizados o mais cedo possível. “Nós estamos negociando para conseguir recursos para as readequações”, diz Kanbe.
Com a mudança, a expectativa é que a Incubadora lidere no país os investimentos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) no Programa Primeira Empresa (Prime), com aportes que podem chegar a R$ 20 milhões em dois anos. O Prime foi lançado em Brasília em 26 de junho e irá investir R$ 1,3 bilhão em projetos inovadores de micro e pequenas empresas, em 2009 e 2010.
Fila de espera – Atualmente, são 33 projetos que esperam uma oportunidade para ingressar na Incubadora de Guarulhos, sendo quatro de base agrícola, resultado de um acordo de cooperação tecnológica firmado no mês passado com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
