O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu nesta quinta-feira, 6/10, às 11h20, a marca de R$ 1,5 trilhão. O valor corresponde ao total pago em impostos, taxas e contribuições pela população brasileira desde o início do ano.
Em 2015, esta mesma quantia foi registrada dia 2 de outubro. O atraso de quatro dias na arrecadação decorre dos efeitos da crise econômica brasileira. “A arrecadação dos cofres públicos continua caindo em virtude do processo recessivo que ainda se abate sobre a economia. Sendo assim, os governos precisam controlar seus gastos e, nesse sentido, é urgente a aprovação da PEC do Teto. Além disso, é necessário diminuir o tamanho do Estado, estimulando concessões e privatizações, para que o Tesouro obtenha novas receitas”, comentou Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Segundo Burti, não há necessidade e nem possibilidade de aumentar impostos no País, visto que a carga tributária já é uma das maiores do mundo e tal medida apenas aprofundaria os efeitos da recessão. “Se o governo está sentindo dificuldade quanto aos gastos, a população sente isso em dobro. No Brasil paga-se muito imposto, mas pouco deste dinheiro se reverte em bem-estar social”, complementou.
Em Guarulhos, o impostômetro instalado na Associação Comercial e Empresarial da cidade (ACE-Guarulhos) contabiliza quase R$ 2,4 bilhões pagos em taxas pelos cidadãos do município. Com esta quantia, seria possível comprar cerca de 28 mil ambulâncias equipadas, por exemplo.
Além de São Paulo e Guarulhos, outras localidades também possuem painéis para mostrar o valor pago em impostos pelos contribuintes: Florianópolis, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília.
