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Impostômetro: quanto pesa cada tributo?

Guarulhos, 27 de agosto de 2007

A versão online do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vai mudar. A partir de segunda-feira (27), o painel no site que mede a arrecadação de tributos (http://www.impostometro.com.br) passa a detalhar, por exemplo, quanto os brasileiros já pagaram de Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) e o valor a ser recolhido nos próximos anos, se ela for mais uma vez prorrogada

O painel eletrônico fará projeções para os próximos três anos da arrecadação dos tributos de todas as esferas do governo, de forma separada.

Estudo recente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) mostra que, de 1997 a 2006, só a União arrecadou R$ 185,9 bilhões com a CPMF. Já contando com a prorrogação da vigência do tributo, o governo espera uma arrecadação da ordem de R$ 38 bilhões em 2008.

Além de visualizar o recolhimento do chamado imposto do cheque em várias fases desde que foi implantada, o contribuinte poderá acessar o Impostômetro para calcular o número de casas populares, estradas e postos policiais que poderiam ser construídos com o montante arrecadado de tributos. As comparações serão feitas também com a compra de cestas básicas, de carros populares, medicamentos e de ambulâncias.

O presidente da ACSP, Alencar Burti, disse que o principal objetivo do Impostômetro é mostrar à sociedade que a quantidade de tributos que são pagos no País é incompatível com a quantidade e qualidade de serviços públicos prestados aos cidadãos. “Esse painel, que já é bastante conhecido, será ainda mais com tantas novidades. Servirá para auxiliar o trabalho de professores, estudantes, jornalistas e várias pessoas que não conseguem mensurar a quantidade de dinheiro representada nos 14 dígitos utilizados atualmente”, disse.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, que desenvolveu a ferramenta para a ACSP, a sociedade precisa ter informações claras e objetivas sobre o tamanho da carga tributária. “Só assim os cidadãos poderão cobrar de seus governantes a melhor utilização do dinheiro público”, concluiu. ( SP )