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IGP-DI mostra recuo da inflação em janeiro

Guarulhos, 04 de fevereiro de 2005

A inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) recuou para 0,33% em janeiro. Em dezembro, o indicador havia apurado alta de 0,52%, o segundo menor resultado do ano passado. Apesar da desaceleração na taxa, os preços ao consumidor continuam em alta.

No acumulado de 12 meses, a taxa está em 11,61%, valor que deve servir de referência para o reajuste das tarifas de ligações de telefones fixos para celulares, que pode sair ainda neste mês.

O recuo na taxa de inflação pode ser justificado pela desaceleração no atacado. O IPA (Índice de Preços do Atacado) representa 60% da composição do índice de inflação da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e passou de 0,48% em dezembro para 0,08% em janeiro.

A deflação nos preços dos combustíveis para produção contribuiu para a redução da taxa. Eles passaram de 0,92% em dezembro para -0,14% em janeiro. Neste grupo, o óleo diesel teve a desaceleração mais significativa e registrou alta de 0,39%, ante uma variação de 6,53% em dezembro.

Alguns itens, como os produtos químicos intensificaram a trajetória de queda. O benzeno passou de -9,04% em dezembro para -15,07% em janeiro.

Os alimentos no atacado também registraram recuo nos preços. As matérias-primas brutas, compostas em sua maioria por itens agropecuários, registraram queda de 0,64%, ante uma alta de 0,35% no mês anterior. Os ovos recuaram de 6,93% em dezembro para deflação de 10,25% em janeiro.

Consumidor

Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) avançou de 0,63% em dezembro para 0,85% em janeiro. As principais influências vieram dos grupos Alimentação e Educação, Leitura e Recreação, que têm aumentos sazonais no começo do ano.

O primeiro, em razão de fatores climáticos, passou de 0,48% para 1,17%. O principal item a registrar avanço nos preços foi Hortaliças e Legumes, que passou de deflação de 1% para alta de 6,63%. O grupo Educação, Leitura e Recreação sofre pressão com o reajuste definido em contrato de matrículas e mensalidades e passou de 0,45% para 2,98%. O curso de ensino superior passou de estabilidade em dezembro para alta de 4,46% em janeiro.

O avanço dos preços ao consumidor pode ser medido pelo núcleo, que exclui elementos mais voláteis. Ele passou de 0,48% para 0,61%, a maior taxa desde janeiro do ano passado.

Os custos na construção civil foram influenciados pelos itens materiais, serviços e mão-de-obra. Com isso, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) apurou alta de 0,75% em janeiro, ante uma variação de 0,51% em dezembro.

Janaina Lage