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Hackers ameaçam celulares com acesso à internet

Conforme os consumidores navegam pela internet e enviam mensagens de e-mail por celulares e palm-tops, uma nova preocupação começa a existir: os vírus que se disseminam pelos aparelhos.

O problema é pequeno, com poucos casos registrados no mundo, mas, conforme os sistemas operacionais em celulares se tornam comuns, provavelmente os hackers irão direcionar esforços nas vulnerabilidades desses sistemas, como aconteceu com os PCs.

A Ásia, onde as redes de alta velocidade e as mensagens instantâneas em celulares são comuns, é a região mais vulnerável a tais ameaças. O perigo também será sentido assim que as operadoras na Europa e América do Norte passarem a adotar tecnologias semelhantes.

Atualmente, as companhias de telecomunicações gastam aproximadamente US$ 8 bilhões por ano consertando telefones com erros de programação, problemas de mecânica e outros defeitos. Agora, algumas empresas tentam evitar ataques de vírus que poderiam custar milhões de dólares em consertos e negócios perdidos.

Segundo o vice-presidente sênior da consultoria norte-americana Adventis, Andrew Cole, o perigo às redes de celulares é possivelmente cinco vezes mais elevado que aos PCs, uma vez que poucas pessoas estão focadas neste problema agora. “A forma dominante de mensagem vai ser de celular para celular, então isso pode aumentar rapidamente e sobrecarregar as redes de telefone”.

Isso ocorreu no Japão entre 2000 e 2001. A empresa NTT DoCoMo, maior companhia de celular do país, recebeu reclamações de clientes que recebiam mensagens congelando suas telas e automaticamente discavam 110, a linha de emergência para a polícia no Japão.

O evento foi considerado um choque, pois a companhia investe bilhões de dólares na introdução de sua rede de alta-velocidade de terceira geração, ou 3G, que possibilita aos usuários baixarem dados até 40 vezes mais rápido que as redes convencionais.

Eventualmente, a DoCoMo lidou com o problema instalando um software especial de segurança em seus servidores e aparelhos. Nos celulares comuns, a unidade central de processamento que serve como cérebro do aparelho é tão sofisticado quanto aquela dos PCs há cinco ou seis anos.

Por enquanto, grande parte das companhias de celulares personaliza seus sistemas para seus aparelhos, fazendo com que o número de pessoas usando qualquer plataforma é pequeno comparado ao número de pessoas usando o Microsoft Outlook.

Contudo, conforme mais corporações começam a usar soluções genéricas em seus celulares, os hackers irão considerar mais válido criar worms que possam afetar o maior número de celulares possível.

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