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Guarulhos tem menos médicos por habitante do que no Nordeste

Guarulhos, com índice de 0,67 médico para cada mil habitantes, figura na 27ª posição, apenas uma à frente da última colocada, Osasco, no ranking estadual. Estudo do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), divulgado ontem, aponta que o número de médicos por habitantes na região de Guarulhos é pior do que o de países como Índia e de estados como Piauí, Sergipe e Pará, das regiões Norte e Nordeste. Em São Paulo, o estudo considera 28 regiões. Guarulhos, com índice de 0,67 médico para cada 1.000 habitantes, figura na 27ª posição, apenas uma à frente da última colocada, Osasco, no ranking estadual.

Os índices de Piauí, Sergipe e Pará são, respectivamente, 0,87, 0,81 e 0,75. O único estado do País com índice pior que o de Guarulhos é o nordestino Maranhão, com 0,62 médico para 1.000 habitantes. No estudo, o município fica atrás até de países como os subdesenvolvidos África do Sul e Índia, ambos com 0,7. No ranking estadual, a região de Campinas, no Interior, aparece na terceira posição, atrás apenas de Ribeirão Preto e Capital, que lidera o ranking.

Estado – O índice do Estado de São Paulo é de 2,4, número melhor que o do Japão (2,1) e do Canadá (2,2), igual ao dos Estados Unidos e apenas um ponto abaixo ao do Reino Unido (2,5). “O Estado de São Paulo teve um crescimento do número de médicos de forma mais acelerada que muitos países”, afirma o Cremesp, que cita: “Segundo estudo da Organisation For Economic CooperationDevelopment (OECD), de 2007, o número absoluto de médicos em 30 países analisados havia crescido 35% nos 15 anos anteriores. Em São Paulo o crescimento foi de 48% em 10 anos.”

“A concentração de médicos no Estado de São Paulo aumentou 33% na última década [de 2000 a 2009]. Em 2000, o Estado contava com a taxa de 1,84 médico por 1.000 habitantes (ou um médico para 542 habitantes). Hoje, o índice é de 2,45 médicos por 1.000 habitantes (ou um médico para 410 habitantes)”, detalha o Cremesp.

Segundo os dados, a população do Estado de São Paulo cresceu 12% de 2000 a 2009. Já o número de médicos em atividade aumentou 48%. “A população passou de 37.032.403 pes soas em 2000 para 41.384.089 habitantes em 2009. No mesmo período o contingente de médicos subiu de 68.283 para 100.950 profissionais”, explica.

A cidade de Santos, no Litoral, aparece em posição de destaque com o melhor índice do País no quesito “concentração de médicos em cidades conforme local de domicílio”: 6,34 médicos para cada 1.000 habitantes. Com população de 417.101, o município litorâneo conta com 2.643 médicos em atividade.

Neste quesito, Guarulhos nem aparece, já que, das 20 cidades apontadas neste quadro do estudo, a última colocada, Guaratinguetá, apresenta índice de 2,43, bem acima do 0,67 guarulhense. Nordeste e Norte aparecem nas piores posições entre as cinco regiões do País. Enquanto a média é de 2,43 no Sudeste, 2,30 no Centro-Oeste e 1,87 no Sul, no Nordeste é de 1,04 e de 0,82 no Norte. Em comparação com as regiões, o índice de Guarulhos também é o pior.

De uma forma geral, o estudo mostra que o número de médicos para cada 1.000 habitantes em Guarulhos (0,67) só não é pior do que o da região de Osasco (0,61) e o do estado do Maranhão (0,62).

Taxa de médico para cada 1.000 habitantes:

Regiões no Estado de São Paulo

1ª – Capital: 4,31

2ª – Ribeirão Preto: 2,86

3ª – Campinas: 2,52

27ª – Guarulhos: 0,67

28ª – Osasco: 0,61

Comparação por estados da Federação

1º – Distrito Federal: 3,56

2º – Rio de Janeiro: 3,39

3º – Goiás: 3,00

4º – São Paulo: 2,44

27º – Guarulhos: 0,67

Comparação com países

1º – Cuba: 6,4

2º – Grécia: 5,4

3º – Rússia: 4,4

4º – Bélgica: 4

28º – Índia: 0,7

29º – África do Sul: 0,7

30º – Guarulhos: 0,67

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