Guarulhos poderá fazer negócios com a Índia
O diretor residente da Índia Trade Promotion Organization, Dale Singh, membro do escritório do Consulado Geral da Índia em São Paulo e responsável pela divulgação, na América Latina, de produtos existentes naquele país, esteve em visita na tarde da última quarta-feira, 22/01, à Prefeitura de Guarulhos, com o objetivo de promover uma maior cooperação comercial entre empresários guarulhenses e indianos.
Na ocasião ele foi recebido pelo secretário da Indústria, Comércio e Abastecimento, José Carlos Maruoka, pelo presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Guarulhos (Acig), Anunciato Thomeo Sobrinho, pelo diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Regional Guarulhos, Antônio Carlos Koch, entre outros membros do comércio e indústria locais. A Acig também esteve representada pelo diretor de economia e coordenador do departamento de comércio exterior, José Roberto Vitorelli.
Dalel Singh mostrou que a Índia possui um grande mercado, com uma classe média em ascensão. É a quarta economia mundial em termos de paridade de poder aquisitivo; exporta para 95 países, sendo os Estados Unidos o maior mercado; registrou um crescimento do PIB, entre abril de 2001 e março de 2002, de 5,4%; tem uma produção agrícola forte (25% do PIB); um setor industrial diversificado (45% do PIB); e uma mão-de-obra bem preparada e qualificada, segundo informações do consulado.
Segundo Singh, os empresários indianos costumam se diferenciar dos demais pela agressividade nos negócios. Para o diretor residente da Índia, os principais setores para cooperação estão situados nas áreas de tecnologia da informação, indústrias farmacêutica e química, biotecnologia, produção e maquinário, veículos e auto-peças e no setor financeiro. “Os empresários de nosso país são mais agressivos no mercado. Eles são favoráveis a uma política transparente”, ressaltou.
Singh falou sobre a identificação do povo indiano e brasileiro e disse acreditar que os produtos provenientes do Brasil não terão dificuldades em serem comercializados na Índia. Ele observou que os investidores não devem ter apenas “uma mentalidade de empresários-produtores”, contentando-se somente em vender produtos prontos e acabados, mas também atentarem para a possibilidade de promover parcerias ou joint ventures (parcerias entre empresas).
José Carlos Maruoka acredita ser essa uma oportunidade única para os empresários de outros países estreitarem suas relações comerciais com os guarulhenses, tanto para compra como para venda de produtos. “É importante conhecermos novos parceiros. Não imaginávamos que a Índia fosse tão rica”, falou. Ele disse ainda que levará a proposta a todos os empresários guarulhenses e que futuramente promoverá novo encontro com o diretor Dalel Singh.