Governo vai investir R$ 191 bilhões em infra-estrutura até 2007
O governo vai investir, até 2007, R$ 191,4 bilhões no setor de infra-estrutura. O número foi apresentado pelo ministro do Planejamento, Guido Mantega, na reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 12 ministros das áreas de economia e infra-estrutura.Os recursos serão investidos nos setores de transportes, energia elétrica, habitação, saneamento e infra-estrutura hídrica e incluem verba orçamentária, parceria com o setor privado e financiamentos.
Segundo o porta-voz da Presidência, André Singer, o ministro do Planejamento apresentou ao presidente, na noite de domingo, os projetos considerados prioritários para o setor de infra-estrutura no âmbito do Plano Plurianual (PPA).
Na reunião, Mantega apresentou, segundo Singer, “os projetos factíveis por ordem de prioridade”, baseados em informações dos ministérios, governadores de estado, entidades representativas da sociedade e do setor privado.
Ao chegar para a reunião,o ministro dos Transportes, Anderson Adauto, limitou-se a dizer que Lula pediu aos ministros que “mantivessem os pés no chão” ao apresentar propostas. O governo prepara novas medidas para reaquecer a economia até o fim de agosto e a prioridade é melhorar a geração de energia e as estradas e intensificar a construção de obras públicas.
– A expressão do presidente foi que sonhamos, agora é pé no chão. Vamos ver o que nós podemos efetivamente fazer – contou.
Adauto disse que levou o conjunto todo de obras que o Brasil precisa, divididos por região e por tipo de modal de transporte. O ministro explicou também que uma das prioridades é mudar a matriz de transporte, que é baseado no sistema rodoviário. Ele destacou também que para isto acontecer é preciso investir mais em ferrovias e hidrovias.
No transporte rodoviário a prioridade será a recuperação das estradas, embora o ministro reconheça que também haverá necessidade de construir e duplicar alguns trechos. Ele disse que Lula gostaria que fosse feita a duplicação da BR-101 Nordeste, mas que ainda não tem nenhum processo licitatório. A expectativa do ministro era de que a reunião fosse conclusiva.
– Vai ser como é na nossa casa, na nossa vida. Nós temos vontades, nós temos aspirações, nós temos desejos. E todo mês a gente fica com o que efetivamente é possível ficar – afirmou Adauto, ao explicar como seriam definidos os investimentos em infra-estrutura.
Participaram da reunião os ministros José Dirceu (Casa Civil), Olívio Dutra (Cidades), Antônio Palocci (Fazenda), Guido Mantega (Planejamento), Marina Silva (Meio Ambiente), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Dilma Rousseff (Minas e Energia), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação), Luiz Dulci (Secretaria Geral), Walfrido Mares Guia (Turismo), Ciro Gomes (Integração Nacional), Miro Teixeira (Comunicações), além dos presidentes da Caixa Econômica, Jorge Mattoso, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa,da Petrobras, José Eduardo Dutra; e os presidentes dos fundos de pensão da CEF, Guilherme Lacerda; do Banco do Brasil (Previ), Sérgio Rosa; e da Petrobras (Petros), Wagner Pinheiro.
Mônica Tavares
