Governo vai acompanhar cobranças dos bancos
O diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Ricardo Morishita, disse que a criação de um indicador de reclamações dos clientes do sistema financeiro deve provocar mudança de comportamento dos bancos. “A intenção é que os problemas sejam resolvidos antes que virem reclamação aos Procons”, disse, em solenidade de assinatura da portaria de criação do grupo de trabalho do Ministério da Justiça e do Banco Central (BC) que discutirá a forma de elaborar o indicador
O indicador será usado pelo BC para fiscalizar e baixar novos regulamentos para a atividade bancária. “Queremos que os bancos resolvam os problemas do consumidor sem esperar pela fiscalização do BC”, disse. O BC será acionado, de acordo com Morishita, apenas após o recebimento de um número específico de reclamações, a ser estabelecido pelo grupo de trabalho.
Febraban — Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou ontem a criação de um sistema de comparação de tarifas bancárias na internet. No site da entidade, uma ferramenta vai comparar os preços de 46 produtos e serviços mais utilizados pelos clientes pessoas físicas nos dez maiores bancos do País. O serviço estará disponível a partir da próxima terça-feira.
A discussão sobre os serviços bancários parece agradar os consumidores. A balconista Tatiana Pereira, por exemplo, já mudou de banco quatro vezes por ter se sentido lesada com o pagamento de tarifas. “As pessoas não entendem direito quantas taxas o banco cobra”, afirmou Tatiana.