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Governo revê meta de inflação e amplia microcrédito

Para evitar o agravamento dos indicadores econômicos e sociais, o governo resolveu flexibilizar a meta de inflação do ano que vem, de 3,75% para 5,5%, com uma margem de flutuação de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. A nova meta de inflação permitirá uma política monetária menos rígida, que poderá ser traduzida na continuidade da trajetória da queda da taxa de básica de juros, iniciada neste mês de junho.

Pesquisa semanal feita pelo Banco Central, junto às principais instituições financeiras de todo o país, indica que os juros podem ser cortados, no mínimo, cinco pontos percentuais, até o final do ano, passando dos atuais 26% para 21% ao ano, sem prejuízo da política de controle da inflação. Com a revisão da meta para 2004, é bastante possível que o mercado passe a trabalhar com um corte ainda maior, em favor do consumo e do aumento da produção.

Também tendo por objetivo evitar um esfriamento maior da economia, em prejuízo da geração de emprego e renda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nessa terça-feira, 24, a liberação de R$ 5,4 bilhões para projetos de sustentação da agricultura familiar. Nesta quarta-feira, 25, em outra solenidade, o presidente anuncia novas medidas na área de crédito, dessa vez beneficiando cooperativas, pessoas físicas de baixa renda e pequenos negócios. Para que os recursos realmente cheguem ao público alvo, o governo se valerá dos bancos oficiais, principalmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal que passarão a liberar pequenos empréstimos a taxas especiais e a facilitar a abertura de contas.

Clara Favilla

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