O fim da redução do IPI para automóveis estava previsto para novembro, quando a alíquota deveria subir para os 10% (veículos até 2.0 cilindradas) usuais. Porém, o governo decidiu manter a taxa de 9% por tempo indeterminado. O benefício também foi estendido para veículos com cilindradas acima de 2.0 que mantiveram o IPI em 13% no lugar de voltar para os 14% anteriores, para carros a álcool e 15% para automóveis a gasolina (em vez de 16%) .
A manutenção das alíquotas mais baixas foi devido ao crescimento do volume da arrecadação no período do incentivo. Ou seja, as pessoas compraram mais carros compensando a queda do imposto. Segundo a Receita Federal, a arrecadação do IPI de automóveis havia totalizado R$ 212, 1 milhões em setembro versus R$ 195,7 milhões em agosto – um crescimento de 8%.
A indústria automobilística passa por tempos difíceis com uma capacidade ociosa próxima a 50%. Apesar das vendas terem crescido, a produção segue estável. Segundo especialistas do setor, o aumento da arrecadação foi principalmente nos carros mais caros. Isto porque como a queda nos preços foi linear, reduziu a diferença de preços entre os modelos estimulando o consumidor para os modelos mais sofisticados.
Mesmo com a manutenção das alíquotas mais baixas, o setor pretende realinhar alguns preços corrigindo a defasagem cambial. O choro continua como sempre, mesmo com a forte desvalorização da moeda brasileira que tem beneficiado as exportações.
