O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse neste domingo (11/01) que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não descarta a possibilidade de rever a meta de superávit primário em 2003 para um nível acima do estabelecido pelo acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de 3,75% do PIB.
O presidente do BC revelou ainda que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, anunciará, “ainda neste mês”, um pacote com as novas metas de inflação, a metodologia do estabelecimento das metas e o superávit primário.
Para analistas do mercado financeiro internacional, um aumento do superávit primário (receitas menos despesas, exceto gastos com juros) poderia ajudar a reduzir a percepção de risco do Brasil e, assim, contribuir para a entrada de capital estrangeiro.
Meirelles apresentou ontem a política econômica do governo Lula em uma reunião com representantes dos maiores bancos internacionais, na sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Basiléia.
O presidente se recusou a dar qualquer indicação de quais seriam as novas metas. Meirelles não quis especificar se o governo manterá a atual metodologia usada para estabelecer as metas ou se adotará um novo sistema.