Linhas de crédito, com juros supostamente abaixo dos praticados no varejo, são oferecidas pela Caixa, pelo Banco do Brasil e por lojistas credenciados ao BNDES
Depois do computador popular, é a vez do notebook popular. O governo federal anunciou, um programa de incentivo à venda de laptops. Com a medida, o computador portátil passa a ter acesso a financiamento com juro supostamente abaixo do cobrado pelo varejo.
As linhas de crédito são oferecidas pela Caixa Econômica Federal, pelo Banco do Brasil e por varejistas credenciados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
No computador de mesa, a linha de crédito ainda não emplacou. O governo diz que, até o momento, já foram vendidos 530 mil PCs nas especificações do projeto Computador para Todos. Só que apenas 11.509 foram adquiridos com financiamento dos bancos públicos. Uma possível explicação está nas dificuldades para obter o financiamento.
Para ter direito à linha de crédito, o notebook deve possuir tela de 14 polegadas, processador de 1,4 GHz, placa de acesso à rede sem fios (Wi-Fi), gravador de CD, 512 megabytes de memória, disco rígido com capacidade de 40 gigabytes e peso de no máximo 3 quilos – configurações similares às dos laptops básicos atualmente no mercado. O sistema operacional precisa ser o Linux, principal concorrente do Windows, da Microsoft.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), 18% dos 8,2 milhões de computadores vendidos no País ano passado saíram de fábrica com o Linux.
A idéia é combater o chamado mercado cinza, computadores geralmente montados de forma irregular e trazidos via contrabando. No segmento de PCs de mesa, a iniciativa já está fazendo efeito. Segundo a Abinee, no começo do ano passado o mercado cinza liderava as vendas de computadores no País, com 53%. No primeiro trimestre de 2007, encolheu para 37,5%.