O governo apresentou nesta segunda-feira (16/06) um roteiro para uma nova política industrial, com instrumentos clássicos de financiamento subsidiado e incentivos fiscais que terão data para acabar e serão desembolsados mediante o cumprimento de metas de ganho de eficiência. Também será dada prioridade a investimentos em infra-estrutura, em parceria com o setor privado.
A inciativa de divulgar uma agenda de desenvolvimento ocorre no momento em que a economia dá sinais inequívocos de esgotamento e um movimento de demissões nas empresas se avizinha. A maior parte das montadoras já havia definido períodos de férias coletivas entre este e o próximo mês. Movimento que se repete em outros setores.
'O ano está perdido', avalia José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, prevendo que a queda dos juros só ajudará, se tanto, a animar as vendas de Natal. Para ele, o ajuste macroeconômico dos últimos anos, baseado em juros altos e aumento da carga tributária, resultou no encolhimento sistemático do mercado interno. “Quem vai investir se não tem mercado?” Os ministros de Lula saíram na defesa da política de juros do BC e salientaram que o crescimento só se dará com o controle da inflação.
