O Banco Central antecipou de outubro para o dia 7 de agosto a entrada em vigor da nova regra de cálculo para o recolhimento compulsório dos bancos sobre depósitos à vista, que leva em conta as reservas bancárias e não o saldo em conta corrente. A mudança da fórmula se deve à entrada em vigor do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, que criou a Transferência Eletrônica Disponível. Com ela, as transferências de recursos são feitas em tempo real, mas estava havendo um descasamento entre a base de cálculo para o recolhimento do compulsório e a das reservas dos bancos.
Quando a instituição recebe um cheque, o valor do documento entra para a sua contabilidade, mas o dinheiro só estará disponível no dia seguinte. Entretanto, as instituições financeiras estavam recolhendo o compulsório no dia do depósito, sem que os recursos correspondentes estivessem em suas reservas.
Com objetivo de evitar prejuízos para as instituições, a partir de 7 de agosto, os bancos passarão a calcular quanto têm que manter no Banco Central, como depósito compulsório sobre depósitos à vista, sem incluir os cheques que só serão compensados no dia seguinte.
