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Fugir dos bancos para despesas de início de ano é o melhor

Guarulhos, 14 de janeiro de 2008

Quem exagerou nas compras de Natal e se esqueceu de poupar para as despesas de início de ano, como pagamento de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) ou compra de material escolar se vê agora entre duas questões: optar pelo parcelamento oferecido pelos governos municipal e estadual e pelas papelarias ou tomar empréstimos em bancos para pagar as despesas de uma só vez, aproveitando descontos.

Banco do Brasil, Santander e Bradesco já abriram essas linhas de crédito, com taxas de juros entre 2,32% e 3,28% ao mês. Outros bancos têm linhas de crédito pessoal que podem ser usadas para esse fim, com taxas de 2,2% a 6,26% mensais, ou que são negociadas caso a caso. Mas os especialistas não recomendam o financiamento em instituições financeiras.

Nas contas do professor de finanças do Ibmec-Rio Gilberto Braga, empréstimos bancários para pagamento dos impostos à vista só valeriam a pena por um período de até dois meses. A partir de três, os financiamentos passam a ser uma opção mais custosa.

A artesã Cerize Barbosa Blyth não pretende pegar financiamento para pagar os dois impostos para não se endividar. “Faço tudo por um desconto e evito empréstimos.”

Tomando como base os juros mensais dos três bancos que oferecem as linhas específicas, Braga estima taxa média mensal de 3,65%. A conta considera gastos com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no ato, de 0,38%, mais IOF de 3% ao ano, o que daria 0,25% ao mês. Além disso, engloba a Taxa de Abertura de Crédito.

No caso de um financiamento de R$ 1 mil, por exemplo, em 12 meses, as prestações seriam de R$ 104,37, com gasto total de R$ 1.252,43. Em 24 meses, a prestação média mensal seria de R$ 63,22, com o valor final chegando a R$ 1.517,28.

Material — No caso do material escolar, a alternativa é recorrer às ofertas do varejo. Os sites Submarino e Americanas.com e o da Saraiva parcelam em até 12 vezes sem juros. “Só é vantajoso tomar empréstimo se a alternativa for entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito, bem mais custosos”, diz o professor do Ibmec-Rio Ruy Quintans.