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FMI deve renovar apoio ao Brasil

Um artigo publicado na edição do jornal inglês Financial Times dá um voto de confiança ao Brasil, e afirma que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve renovar o apoio financeiro oferecido ao país.

Contudo, o texto não fornece detalhes sobre os termos de um novo acordo. Integrantes do governo brasileiro apóiam uma revisão na regra de contabilização de investimentos públicos e de estatais do fundo monetário, que hoje são apontados como despesas e causam impacto na formação do superávit fiscal – o dinheiro economizado para o pagamento de juros.

De acordo com o jornal inglês, mesmo que os dados que indicam a recuperação da economia brasileira sejam confusos, a recuperação do valor do C-Bond está recuperando seu valor, por exemplo. O papel é o principal título da dívida externa brasileira negociado hoje.

Em outubro de 2002, durante a disputa presidencial, os C-Bonds não tinham um desempenho muito positivo, e agora mantém um desempenho estável. No mesmo período, a moeda brasileira começou a se valorizar perante o dólar.

Segundo o Financial Times, a política econômica do governo Lula está “melhor que o esperado, ao contrário do que muitos investidores temiam”. Apesar de destacar o progresso das reformas, o jornal também cita que a dívida pública do Brasil ainda está alta e torna o país mais vulnerável às mudanças nos mercados globais.

Além disso, o desejado crescimento de 4% ao ano ainda está longe de acontecer, e muitos investidores ainda não acreditam que a política econômica do governo petista deve ser alterada. As taxas de juros devem continuar elevadas, mesmo com os cortes que vêm sendo feitos.

Com esse quadro, o texto destaca que o FMI deve dar um novo voto de confiança ao Brasil e renovar o acordo. Para o Financial Times, o maior receio é se um possível programa de sucessão venha a falhar. Para o jornal inglês, um novo acordo com o Brasil – que deve pagar ao fundo aproximadamente US$ 6 bilhões em 2004 e 2005, não deve criar muitos problemas para a instituição.

De acordo com os comentários do Financial Times, a manutenção dos acordos também é uma forma de aumentar as previsões de crescimento do Brasil.

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