ACE-Guarulhos

Flanelinhas cobram para trocar moedas usadas em parquímetros

A implantação dos parquímetros da Zona Azul nas vias de Guarulhos trouxe um impasse aos motoristas que necessitam do serviço e não dispõem de moedas para tal. Com a dificuldade de trocar cédulas por moedas nos comércios próximos aos parquímetros, os condutores não encontram outra alternativa senão pagar um valor a mais para os flanelinhas para que troquem por moeda e ainda vigiem os veículos estacionados. O Guarulhos Hoje flagrou a presença de flanelinhas agindo livremente na avenida Bom Clima, em frente a Prefeitura.

O GH identificou dois flanelinhas em frente ao Paço Municipal e abordou um deles solicitando ao mesmo que trocasse uma cédula de R$ 5 por moedas para o uso do parquímetro. “Onde está seu carro? Você vai ficar quantas horas? Eu troco, porém cobro R$ 1 para isso”, alertou. Com a negativa da cobrança, o flanelinha alega não ter moedas para colaborar e até indica uma loja próxima que teria moedas. “Vai naquela loja ali que eles sempre trocam pra gente”, sugere.

Um comerciante da região que pediu para não ser identificado afirmou entender a necessidade dos flanelinhas que, por vezes, não tem outra opção de trabalho, mas denunciou ações dos mesmos nos veículos de quem não utiliza os seus serviços. “Fica difícil para os motoristas porque, às vezes, não tem lugar. Quando tem, quem não compra zona azul deles, acontece de riscarem o carro mesmo”, acusou.

Desconfiado da presença da reportagem, o flanelinha deixou o local por alguns minutos e, depois, passou a seguir a equipe do Guarulhos Hoje. A auxiliar administrativa Ivanete Santos, 48, esteve no local e conta que, logo ao estacionar, foi abordada por um flanelinha. “Ele já veio falando que era R$ 1,50 a hora e olhando o carro ficaria R$ 2,50. Como não tinha moedas, dei em dinheiro pra ele que utilizou suas próprias moedas para pagar a Zona Azul”, relata. “Ele até me ajudou, mas acho um absurdo isso acontecer na porta da Prefeitura”, critica.

Do outro lado, o comerciante José Ferreira, 45, elogia a presença dos flanelinhas. “Eles vigiam nossos veículos, coisa que o poder público não faz”, explica. “A Prefeitura aparece só para multar, mas se chega alguém para roubar meu carro, ninguém vê e os flanelinhas ajudam nisso”, rebate.

A reportagem questionou a Prefeitura sobre qual seria a atuação da Administração neste caso, o que a Zona Azul oferece aos motoristas em termos de seguro enquanto utilizarem o serviço e quem seriam os responsáveis pela fiscalização, porem até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

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