O aumento do risco-Brasil pode dificultar os contratos de empréstimos e financiamentos. “Se a taxa de risco do País continuar subindo, vai ficar mais caro para o consumidor entrar em qualquer tipo de financiamento”, diz o economista Antônio Correa de Lacerda, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização (Sobeet).
A justificativa é simples: com o aumento do risco-Brasil, fica mais difícil para governo e empresas brasileiras captarem dinheiro no exterior. “As instituições financeiras do mundo todo são muito vulneráveis a qualquer movimento no mercado”, diz o economista-chefe do Banco Fibra, Guilherme da Nóbrega. “Se aumenta o risco-país, os credores têm medo, por exemplo, de não receberem o pagamento das dívidas e dificultam empréstimos. Assim, o dinheiro externo fica mais caro”.
Na prática, os juros cobrados pelos credores internacionais ficarão mais altos. E os bancos e instituições financeiras brasileiras repassarão esse aumento para o consumidor final.