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Fim do racionamento deve impulsionar venda de eletrodomésticos

A indústria de eletrodomésticos e de equipamentos eletrônicos, um dos setores mais afetados pelo racionamento de energia, espera a retomada das vendas este ano. O fim do racionamento em 1º de março e a perspectiva de estabilidade econômica devem levar a um aumento de 7% nas vendas de eletroeletrônicos, recuperando o patamar de 2000, quando foram comercializados 35 milhões de unidades.

“O desbloqueio psicológico que virá com o fim do racionamento deve levar a uma recuperação das vendas”, disse o diretor-presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Paulo Saab.

Antes mesmo do início do racionamento, a indústria eletroeletrônica já registrava queda nas vendas por causa da cautela maior do consumidor com o uso da energia e a alta de juros. A queda em maio foi de 15% em relação a abril e de 30% em junho.

Depois houve alguma recuperação das vendas, motivada por uma campanha dos fabricantes mostrando que equipamentos novos fazem uso mais racional da energia. Ao final de 2001, as vendas de eletroeletrônicos haviam caído 6,8%. “Houve um brutal prejuízo nas vendas”, afirmou Saab, fazendo um balanço do período de racionamento na segunda-feira. A indústria eletroeletrônica de consumo atua hoje com ociosidade de 20% a 25%. “O que o setor quer é uma política industrial e energética permanente”, disse.

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