Notícias

FGV: indústria continua aquecida

Guarulhos, 03 de setembro de 2007

A indústria de transformação continua aquecida, com perspectivas muito favoráveis para produção, vendas e contratação neste fim de ano, apesar da crise financeira internacional. Metade das 1.095 indústrias consultadas neste mês pela Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) prevê aumento da produção para os próximos três meses, ante apenas 4% que acreditam numa redução

Em agosto do ano passado, 39% delas apostavam em aumento da produção para o fim ano e 13% em queda. Em 12 meses até agosto, o indicador da produção prevista é 15,9% maior – mais que o dobro da taxa de crescimento acumulada em 12 meses até julho.

“Não captamos influência da crise financeira nas expectativas de produção da indústria de transformação”, afirma o coordenador da sondagem, Aloisio Campelo. Ele reforça sua afirmação com o dado do emprego, que é um bom sinalizador das expectativas dos empresários. Neste mês, 34% das indústrias informaram que vão ampliar contratações até novembro, e só 6% disseram que pretendem demitir. Em agosto do ano passado, esses indicadores eram 30% e 13%, respectivamente.

Por conta desses bons indicadores, o índice de expectativas da indústria atingiu neste mês 120,3 pontos, praticamente o mesmo nível de julho (120 pontos) e a maior marca da série histórica iniciada em abril de 1995. Na comparação com agosto de 2006, a alta é 11,9%.

Além da sinalização favorável para os próximos três meses, a indústria mantém o ritmo da produção em alta em julho e agosto, puxado pela demanda doméstica. (AE)