O faturamento das micro e pequenas empresas paulistas em dezembro deverá crescer em média 10% sobre igual período de 2001, no primeiro resultado mensal positivo do ano. A estimativa é da pesquisa de Conjuntura (Pecompe) do Sebrae-SP e Fundação Seade, feita com 2.716 empresas do comércio, indústria e serviços.
O resultado esperado é nominal (sem descontar a inflação do período). Segundo o economista do Sebrae-SP, Marco Aurélio Bedê, os números vão refletir a recuperação sazonal das vendas neste fim de ano e o fraco desempenho do Natal no ano passado.
Mesmo com a melhora em dezembro, o faturamento médio das micro e pequenas empresas ainda continuará amargando no acumulado do ano uma queda de 13% em relação ao ano passado. “A tendência de melhora não será suficiente para compensar o desempenho ruim dos primeiros meses de 2002”, afirma Bedê.
Recuperação
O primeiro semestre registrou os índices mais baixos da série histórica da Pecompe. No entanto, já é possível verificar a retomada a partir do segundo semestre, com a recuperação das exportações, que puxam o desempenho das pequenas empresas, e a superação da crise de energia elétrica.
O economista do Sebrae destaca, ainda, que em setembro, as micro e pequenas empresas empregaram mais na comparação com agosto deste ano.
O dado é positivo, principalmente considerando que o índice que mede Pessoal Ocupado estava em queda havia 16 meses. O aumento em setembro foi de 0,5%. O melhor desempenho veio do comércio, com crescimento de 0,9% no nível de ocupação, contra 0,8% na indústria e estabilidade no setor de serviços. De janeiro a setembro, o nível médio de ocupação ainda está 13,3% abaixo de igual período de 2001.
O faturamento médio em setembro (considerando todos os segmentos de atividade) caiu 0,8% em relação a agosto e acumula retração de 17,4% no ano. Ainda considerando o acumulado de janeiro a setembro frente ao mesmo período do ano anterior, o pior resultado em faturamento é o das empresas de serviços, com queda de 20,4%, seguido da indústria, com – 19,6%. O comércio acumula retração de 12,4%.