Grande parte das farmácias de manipulação de Guarulhos participou, na sexta-feira, 20, de uma mobilização nacional, apoiada pela Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), contra às novas regras para o funcionamento dos estabelecimentos propostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Como protesto foram afixadas faixas em frente aos estabelecimentos, também foram distribuídos folhetos explicativos e os funcionários trabalharam trajados de preto. Os proprietários das farmácias alegam que os novos critérios técnicos tornarão o funcionamento do setor inviável. “Nós não estamos achando ruim o que a Anvisa quer fazer para melhorar nosso serviço. O problema é a existência de itens que não estavam previstos anteriormente”, reclama Leila Maluli Taiar, Farmacêutica da Fórmula Vida.
A mobilização se deu contrária a Consulta Pública nº 31 da Anvisa que prevê uma série de medidas que limitam a atuação do farmacêutico de manipulação no Brasil e proíbe a preparação de medicamentos que estiverem disponíveis na forma industrializada, entre outras.
Dos itens que a farmacêutica aponta como inaceitáveis dois desagradam os profissionais do setor. O que estabelece que as farmácias de manipulação não poderão mais comercializar produtos em apresentação e concentração equivalente às fornecidas pela indústria. E outro que proíbe propaganda, publicidade ou promoção de manipulações para o público em geral e para os médicos que prescrevem os medicamentos. “Não estamos reclamando da parte técnica, somente de itens que cerceiam as atividades do profissional das farmácias”, diz Taiar.
Regina Nakayama, proprietária da A Herborista, alega que os maiores atingidos serão os clientes. “O pior é que e o consumidor vai perder o direito de escolher se quer comprar o medicamento em uma farmácia de manipulação ou numa drogaria. A população mais pobre será a mais prejudicada”, avisa.
Acompanha mais informações no site www.anfarmag.com.br.