ACE-Guarulhos

Falta de água vira rotina em vários bairros de Guarulhos

Além das altas temperaturas típicas do verão, guarulhenses que moram em determinadas regiões do município são obrigados a conviver, frequentemente, com a falta de água. De acordo com informações apuradas pelo Guarulhos Hoje, alguns bairros prejudicados são Cocaia, Jardim São João, Parque Jurema, Parque Alvorada e Jardim Santa Mena. Nestes bairros, moradores relatam que chega a faltar água por mais de 24 horas e criticam os serviços prestados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que não se pronunciou.

A dona de casa Andréia Carbonesi, 35 anos, moradora do Cocaia, se diz indignada com a falha no abastecimento. “O problema é antigo e o Saae não toma nenhuma providência para resolver. No último domingo, a água acabou às 9h e só voltou às 1h da segunda. Fiquei sem água o dia inteiro, só fui tomar banho de madrugada. O pior é que isso acontece sempre, quase todos os dias”, reclama.

No Parque Alvorada, a população se queixa de situação semelhante, já que no bairro é comum faltar água a cada um dia. Em alguns casos, o problema só não é maior porque os moradores criaram seus próprios reservatórios. “Dia sim, dia não, a água acaba. Hoje mesmo não tem. Minha casa não é tão prejudicada porque tenho duas caixas dágua, uma de 500 litros e outra de 750 litros. Sou prevenida de tanto sofrer com o problema”, relata a dona de casa Arlete Almeida, 65.

Em outra região da cidade, no Jardim São João, a costureira Erivânia Bispo, 37, reclama ainda de uma cobrança indevida por parte do Saae. “Este mês a conta de água veio R$ 356. Estou acostumada a pagar R$ 27. Nem se eu tivesse aberto um lava rápido em casa teria aumentado tanto assim. É um absurdo. O Saae cobra, mas não resolve os problemas. Lá em casa, tive de adaptar mais uma caixa dágua porque todo dia a gente ficava sem água. De uns tempos para cá, melhorou um pouco, mas o problema ainda existe”, diz.

Já no Parque Jurema, a balconista Sandra Araújo, 43, também é afetada pela falha no abastecimento em casa e no trabalho. “Falta água direto em casa e geralmente começa à noite. Na lanchonete onde trabalho, no Parque Alvorada, também acontece o mesmo. Quando vejo que a pressão da água está fraca, economizo para não ficar sem porque a lanchonete fica aberta até à noite e demora para a água voltar”, afirma.

O GH entrou em contato com o Saae, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

Sair da versão mobile