Exportação de material de construção deve crescer em maio
Mais da metade da indústria da construção civil acredita que o volume de vendas no mercado interno deverá manter-se estável em maio. Já as exportações tendem a crescer no mês. Este é o principal resultado do Termômetro Abramat, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústri a de Materiais de Construção (Abramat) com seus 50 associados, que representam as maiores indústrias do setor.
Para medir a expectativa de vendas da indústria, o Termômetro Abramat faz um levantamento entre os associados com uma escala qualitativa que vai de muito ruim para ruim, regular, bom e muito bom. No período de março a maio de 2005, o levantamento mostrou que a média apontada pelas empresas entrevistadas permaneceu regular. “Na exportação, o termômetro mostra exatamente o contrário. Desde o ano passado a indústria busca oportunidades para incrementar as vendas”, diz Roberto Zulllino, diretor executivo da Abramat.
Para 63% das empresas consultadas, as vendas no mercado interno deverão ser regulares em maio, índice próximo ao registrado no mês de abril, que é de 66%. Pelos resultados obtidos pelo Termômetro Abramat, a indústria não acredita no aquecimento das vendas do mercado interno ainda no primeiro semestre.
Já para o mercado externo a média consolidada mostra que o clima de otimismo aumentou entre os fornecedores. Para abril a expectativa é boa para 55% dos consultados. Já as expectativas em relação a maio mostram que esse quadro poderá sofrer uma pequena alteração, pois o percentual das empresas que acreditam que as vendas serão boas cai para 45%.
O Termômetro Abramat também avalia o mercado em duas fases. A primeira fase avalia os segmentos relacionados à fase de base das obras, como fabricantes de cimento, metais, material elétrico, ferramentas, vidros, telhas e caixas d?água. Já a segunda fase inclui os segmentos de acabamento, como tintas, louças e acessórios sanitários, pisos e revestimentos, pias de inox, gesso, material hidráulico, argamassas e impermeabilizantes.
Tanto entre os fornecedores de materiais básicos quanto os de acabamento, o termômetro mostra que as vendas internas não sofrerão grandes alterações no mês de maio. A avaliação para o próximo mês para a indústria de acabamento em relação ao mercado interno é de que as vendas serão regulares, o que foi indicado por 73% dos entrevistados. Já a indústria de matérias básicos aponta 57% de vendas regulares.
Para o mercado externo a indústria de materiais básicos está mais otimista que os fornecedores de materiais para acabamento. Em abril 58% da indústria de base acredita no bom desempenho das vendas contra 49% do segmento de acabamento. Já para o mês de maio o termômetro indica um empate quanto à expectativa das vendas na indústria de base – exatamente a metade aposta no bom desempenho e a outra metade acredita que a média será regular.
Quanto à indústria de acabamento, há um consenso de que o volume de negócios no mercado externo permanecerá regular neste mês e em maio, com 38% e 49% respectivamente. Uma curiosidade é que estes índices se invertem – 49% apostam que as vendas serão boas em abril e 38% que serão boas em maio. Um dado importante detectado pela pesquisa: em ambos os meses – abril e maio – 13% dos consultados afirmaram que o desempenho será ruim.
Empresas associadas:
Alcoa, Amanco, Astra, Akzo Nobel, Basf, Belgo-Mineira, Brasilit, Camargo Corrêa, Cardinali, CBA, Cecrisa, Cimento Holcim, Cimento Itambé, Cimento Nassau, Cimpor Brasil, Deca, Docol, Eletromar, Eliane, Eternit, Eucatex, Fabrimar, Fame, Franke Douat, Gerdau, Icasa, Lafarge Cimentos, Lafarge Gypsum, Lafarge Roofing, Otto Baumgart, Papaiz, Pial Legrand, Pilkingnton, Pincéis Tigre, Pirelli, Portobello, Renner Sayerlack, Saint Gobain Abrasivos, S. Gobain Quartzolit, S. Gobain Vidros, Sasazaki, Sherwin-Williams, Siemens, Tigre, Tintas Coral, Tramontina, Votorantim, Votoraço, Wirex Cable e Yale La Fonte.