O euro valorizado torna o momento favorável para os exportadores brasileiros tentarem ganhar espaço nos países da União Européia. A valorização da moeda torna o produto brasileiro mais barato para o europeu.
O ganho deve acontecer principalmente para os setores têxtil, calçados, móveis, autopeças, alimentos industrializados (principalmente bebidas destiladas, como a cachaça, já que não há concorrência) e máquinas e componentes.
“Em alguns setores como o têxtil e o de calçados, por exemplo, onde a concorrência mais acentuada no mercado mundial é com países asiáticos, o Brasil pode encontrar mais vantagens, além de preço e qualidade. Empresas européias e americanas estão deixando de comprar desses países por causa da pneumonia asiática”, lembrou Michel Alabi, presidente da Associação de Empresas Brasileiras para Integração de Mercados (Adebim).
Nos outros setores, a concorrência é mais ampla, inclusive dos próprios europeus.
“Em termos de preços, o Brasil conseguiria até concorrer com os fabricantes europeus porque temos mão de obra barata e câmbio flutuante. No entanto, não se pode esquecer que a Europa enfrenta um momento de recessão, o que afeta o consumo”, lembrou Alabi.
Érica Polo