Exportações crescem no setor de manufaturados
As exportações de manufaturados tiveram aumento de 32,8% no acumulado de 12 meses, os semimanufaturados 26,4% e os básicos 18,3%, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (1) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Em julho de 2005 os produtos básicos renderam US$ 3.8 bilhões, recorde mensal histórico. O principal item nessa conta foi o petróleo em bruto, que alcançou US$ 850 milhões, com aumento substancial de volumes embarcados. Foram acrescentados também na balança de julho US$ 300 milhões de exportações de petróleo feitas em junho e que não estavam ainda contabilizadas. Também minério de ferro, carnes suína e bovina tiveram alta de preço expressiva no exterior no mês que terminou, conforme Ivan Ramalho. Na comparação com julho de 2004, as vendas de básicos cresceram 45,1% na média diária. Os manufaturados cresceram 23,6% e os semimanufaturados 9,7%. As exportações deverão continuar crescendo no segundo semestre, segundo previsão do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, que deixou o cargo nesta segunda-feira para assumir a Secretaria Executiva da pasta. Ele deu entrevista coletiva para falar sobre os números recorde de exportação, importação e superávit no mês de julho, destacando que nos últimos 12 meses o Brasil exportou cerca de US$ 109 bilhões. “Só faltam US$ 3 bilhões para chegarmos em 12 meses à meta traçada para o ano, de US$ 112 bilhões, e que será atingida com certeza”, destacou Ramalho. O mês de julho registrou crescimento recorde histórico de vendas, tanto em produtos manufaturados, semimanufaturados e básicos. Cresceram também de forma expressiva as vendas para regiões não tradicionais sendo também grande o número de estados do Brasil que vêm exportando acima da média brasileira. Há também diversificação da pauta (novos produtos) que vem contribuindo para a garantia de crescimento em percentual tão expressivo, disse Ramalho. Ao mesmo tempo a balança comercial foi beneficiada especialmente em julho pelo aumento substancial de preços de produtos importantes, no mercado internacional, tendo também crescido o volume de produtos exportados, conforme o secretário. As exportações cresceram 30% em julho e as importações ficaram mais 15% em relação a junho. Os produtos básicos em especial foram beneficiados em julho pelo aumento deu volume e essa tendência deverá continuar nos próximos meses, devendo os preços no entanto permanecerem estáveis, “já que os últimos aumentos verificados no exterior já foram muito grandes”.