ACE-Guarulhos

Exportação requer nova postura dos empreendedores.

Temos acompanhado as notícias e notado cada vez mais o número de pequenas e médias que conseguem exportar seus produtos.  Móveis, calçados, têxteis, alimentos em conserva, brindes, artesanato, etc. Temos aí uma grande oportunidade de crescimento, mas que se demanda uma nova postura quando o assunto é conquistar clientes no exterior.  Muitas vezes um grande empreendedor no Brasil pode não ser um grande exportador. O mercado externo requer uma grande dose de eficiência e muito trabalho. Requer o conhecimento das reais necessidades e características de seu mercado-alvo (cultura, hábitos de consumo, legislação, política, política de preços, etc) e usar de suas melhores estratégias para diferenciar-se de seus concorrentes locais e globais.

Quem se inicia pelos caminhos do marketing internacional deve primar pelo relacionamento de longo prazo com seus clientes, nunca como uma oportunidade de ajustar demandas internas. Aliás, O Brasil já passou por vários ciclos econômicos e, muitos empresários já sentiram no bolso o que é deixar de atender um determinado cliente, abandoná-lo e tentar voltar ao mercado. Essa postura tira a credibilidade do exportador.

Há que se investir em pesquisa do produto, tendências internacionais, design de produtos, reavaliação de sua produção local em função da demanda internacional, canais de distribuição.  Para os pequenos e médios empreendedores existe grande demanda para produtos com a identidade brasileira, tipo “made in Brazil”. Hoje vemos pelo mundo uma grande diversidade de produtos tais como softwares, artesanato, cosméticos, acessórios e confecção, autoparts, etc.
 
É comum que pequenos e médios exportadores enfrentem desvantagem em suas negociações, por isso o consórcio de exportação pode representar grande estratégia de alcançar os mercados-alvo nas melhores condições de entrega e de preço final. Consórcios de exportação são formados por empresas de uma mesma cadeia produtiva ou por afinidade de produtos que se juntam, se organizam buscando melhor posicionamento e entrega de seus produtos.

Portanto, possibilidades de crescimento se apresentam a todos os que buscarem os caminhos do mercado internacional, respeitando as características e peculiaridades de cada país almejado. Pense nisso.

José Roberto Vitorelli
Diretor de Comércio Exterior da ACE-Guarulhos.

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