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Evite problemas com seguros desde o contrato

Guarulhos, 30 de outubro de 2002

ImagemTer em mãos um contrato de seguro pode não ser a garantia contra eventuais danos ou perdas. Para surpresa de muitos consumidores, mesmo daqueles que pagam em dia suas parcelas, em alguns casos as seguradoras se recusam a conceder as indenizações, valendo-se de lacunas nos contratos.

Para quem está perto de adquirir um produto, as precauções devem ser tomadas desde o início. A partir de cuidados mínimos, as chances de respostas evasivas por parte da seguradora, exatamente no momento em que o consumidor realmente precisar dela, caem bastante.

Técnicos de órgãos de defesa do consumidor advertem para o primeiro cuidado: os seguros devem ser contratados apenas através de corretores inscritos na Superintendência de Seguros Privados (Susep). Desta forma, fica reduzida a possibilidade de “sumiço” do corretor que fez a venda do produto.

Em seguida, na fase de preenchimento dos documentos, o alerta é para uma atenção maior em relação aos questionários. As perguntas precisam ser objetivas e não devem ter tom invasivo.

No caso de seguros de veículos, o condutor deve traçar seu perfil com precisão, justamente para que a seguradora não tenha como negar o pagamento da indenização por causa de uma informação incompleta ou errada. Nos planos de saúde, é a cláusula de doenças preexistentes que exige cautela.

Uma consulta médica – marcada pela própria seguradora -, tira do consumidor, que não tem a obrigação de ter conhecimentos específicos, a responsabilidade pelas informações que constarão no questionário.

Além disso, o contrato deve ter linguagem clara e informar sobre os direitos e deveres das partes. Na maioria das vezes, os desentendimentos entre segurados e as empresas do setor acorrem por causa da leitura pouco atenta do contrato ou devido a cláusulas que não explicam corretamente as regras do seguro.

Outra questão importante é saber um pouco mais sobre a empresa por trás do produto. Resultados financeiros ruins, notícias de reclamações de consumidores ou de resistência na liberação de indenizações servem de alerta para eventuais problemas.

Precauções como estas, que exigem o mínimo esforço, evitam as situações desagradáveis em que, na prática, um seguro deixa de garantir proteção.